Pular para o conteúdo principal

A política e o Cigarro - Caça aos Talentos.


“ A política mudou e o eleitor também. Com o COVID-19 mostra a importância de termos políticos preparados para tomar decisões que afetam diretamente a vida das pessoas”

    Li no livro “ Porque fazemos o que fazemos” do Mario Sergio Cortella, que a indústria do tabaco tem dificuldade de contratar pessoas e talentos para trabalhar no seu negócio. A pergunta seria: Como é possível seduzir alguém para trabalhar neste tipo de indústria? Todos nós ligamos o cigarro a algo que que destrói a nossa saúde, que incomoda as outras pessoas nos lugares públicos e que vicia, fazendo pessoas gastarem seu dinheiro com aquilo que não é essencial.

    Para muitos, o que pensamos acima para o cigarro também se aplica a política e daí a dificuldade de encontrarmos talentos, tão necessários, para compor o quadro partidário. Estamos falando de pessoas que irão administrar os impostos recolhidos na cidade, que lidarão com a opinião pública constante nas redes sociais, que deverão dar transparência na sua administração e que irão priorizar interesses coletivos sobre os individuais ou de grupos poderosos. Diante disto eu lhe pergunto: Pode ser qualquer um? Nós já sabemos o preço que pagamos quando escolhemos pessoas despreparadas ou má influenciadas para ocupar cargos públicos.

    O Cigarro ele foi feito para fazer mal a saúde das pessoas, mas a política não. O cigarro você não tem direito de trocar os componentes de 4 em 4 anos, na política sim. Coisas que me falam é que a política, assim como cigarro, vicia, mas cabe ao poder legislativo a fazer leis que não predomine no poder, nem pessoas e nem grupos por muitos anos. Na minha visão, deveria ser impedida a reeleição não somente da pessoa, mas sim também do partido.
Estamos vivendo um momento das eleições a cargos municipais e percebo a dificuldade de encontrar pessoas para disputa-las que se acentua nas mulheres. Será que as mulheres acreditam que a política é lugar somente para homens? Será que elas não acreditam que podem ser agentes transformadoras neste meio? Será, pelas quantidades de obrigações impostas para elas pela sociedade com conceitos ainda machistas, as impedem de gastar energia com política? Será que elas acham que a política não é importante?

    Mulheres, vocês são 52% do eleitorado municipal de Varginha e o futuro da cidade pode ser decidido por vocês e desejo que queiram fazer parte disto. Quanto mais gente, de diferentes gêneros, etnias e raça fizerem parte das decisões da cidade, melhor. Então, se vocês não quiserem participar, incentive quem quer, pois o futuro seu, dos seus filhos e dos seu entes queridos pode ser decidido hoje.

    A Política é lugar de gente do bem, que quer executar projetos fruto da discussão com a população, para deixar a vidas das pessoas melhor. Você que gosta de desafios, sendo homem ou mulher, venha fazer parte da “ boa política” que não se compara ao cigarro, mas sim ao remédio que a cidade tem que tomar para se sentir bem. Todos ganham com uma cidade limpa, organizada, com saúde e educação de qualidade, segura e com boas oportunidades de emprego.

     É desafiador, sim, ninguém está falando que é fácil, mas nada melhorará se ficarmos no sofá acreditando que outros resolverão nossos problemas. Doe um pouco de seu tempo a este projeto que eu também quero fazer parte.

“A cidade é para o cidadão”


Comentários

  1. "Acreditar no sorriso, e não se dar por vencido / querer mudar o mundo ao seu redor / saber que mudar por dentro pode ser melhor." (Jota Quest).

    Refletindo sobre sua proposta, Alexandre, me veio à mente a mensagem dessa música, especialmente este trecho “... saber que mudar por dentro pode ser melhor.", porque quando se espera uma maior politização da população, independentemente do gênero, mas considerando o baixo percentual de mulheres ocupando cargos parlamentares, fica a impressão de que para um contingente enorme de pessoas, política não é algo saudável, por isso, é bom não se envolver.
    Pena que com relação ao tabaco, ainda que o número de fumantes tenha diminuído, o raciocínio não se aplica em igual proporção, haja vista que pelo menos 486 pessoas morrem por dia no Brasil por causa do tabagismo, ou seja, posso morrer por opção e, por igual escolha, não me importar com política, com políticos nem com os rumos que estes dão à "res publica", porém tudo isso tem preço, ora a saúde e a vida, ora as desastrosas consequências que a gestão de alguém irresponsável, embora exercendo um legítimo direito, mas despreparado, quiçá mal intencionado, possa causar à sociedade. Logo, as escolhas tem sido as piores.
    Esperar o quê? Espera-se que algo mude. Todavia, a exemplo do que diz a música, a mudança tem de vir de dentro, ou seja, "quem sabe faz a hora, não espera acontecer". Precisamos de atitudes diferentes, de mudança de paradigmas, pois os hábitos e costumes que tínhamos, a vida “normal” que vivíamos não servem mais, não serão mais aplicáveis em tempos de e no pós-coronavírus. Precisamos, portanto, nos reinventar, e cada um, independente de idiossincrasias ou por causa delas, precisa repensar seu jeito de sentir, pensar e agir.
    Diante desse cenário de reinvenção do presente e do futuro, cuja demanda exigirá esforços sobre-humanos de todos, urge que no lugar das lamentações e frustrações, entre em ação nossa inteligência, com auxílio da ciência e de todo o conhecimento disponível agora e o do porvir, comecemos a “tecer o amanhã” com linhas douradas, mentes abertas e mãos abençoadas.
    A evolução da humanidade depende da evolução da pessoa.



    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

A importância dos partidos políticos

    Quando um grupo de pessoas resolveram morar próximas uma das outras formando as cidades, imaginem a quantidade de conflitos que ocorriam. Para tentar encontrar caminhos para estabelecer regras e acordos, em que deveria atender a maioria das pessoas de forma a garantir uma boa convivência entre elas, nasceu a política. Sem política só nos resta a guerra e ganhará ou o mais forte ou o mais esperto. Prefiro a política do que a guerra e por isso estou tentando contribuir para melhora-la.     Como a política nasce normalmente de conflitos de interesses e necessidades humanas de convivência, nem todo mundo gosta de trabalhar com ela. Basta ver como são poucos que gostam de ir a reunião de condomínio, das escolas, das igrejas, e etc...pois são momentos em que temos pouco tempo para falar e ter muita paciência de ouvir. É por esta falta deste ambiente político e da participação das partes interessadas é que acontece as greves e manifestações que podem terminar em violência e saques. A so

DIREITA X ESQUERDA - Escolha pessoal?

Pontos relevantes sobre o tema no meu entendimento depois de ter feito curso de " Filosofia e política" na UNIFAL de Varginha:  " Ser de direita ou de esquerda na política não é uma decisão simples da pessoa, pois esta escolha é o resultado de conflitos pessoais internos e experiencias de vida que a fizeram acreditar neste ou naquele modelo de condução de prioridades ( direita - liberdade e esquerda-igualdade). Resumindo, na verdade somos escolhidos". Por isso o convencimento se mostra inútil e perda de tempo. O que devemos é fugir do radicalismo que não admite o diálogo e a capacidade de ouvir os outros.Os dois modelos não respondem a todas as demandas da sociedade e, admitido isso, é buscar a moderação e colocar o interesse público acima dos pessoais."     "A democracia não é o fim e sim  meio de fazer política. Mesmo com seus defeitos e sua lentidão, é a melhor forma de envolvimento e participação da sociedade."     " Antes de ser men

Ser cidadão, uma escolha que devemos fazer.

        Comecei o curso de " Filosofia e política " na UNIFAL e uma frase dita pelo carismático Prof. Paulo Cesar de Oliveira não me sai da cabeça : " Quem trabalhar com a política terá dificuldade em entrar no céu, mas a falta ou o má uso dela deixa a vida da população um inferno". Com essa simples frase ele validou uma iniciativa que já havia tomado de fazer parte da vida política da minha querida cidade de varginha.        Li também o livro sobre o tema da campanha da fraternidade que é:  Fraternidade e Políticas Públicas que nos encoraja, na vida de leigo, a enfrentar os desafios de se doar na política para melhorar a vida das pessoas.        Não é fácil tomar esta decisão pois a primeira ação a ser tomada é se filiar a um partido político. Mas qual? Tomei a decisão seguindo alguns passos nesta escolha: 1- Ler estatutos de partidos e ver qual seria o que mais se aproxima dos meus valores. 2- Não ligar o partido a pessoas ou personalidades que sujaram ou abr